domingo, 19 de maio de 2013

Only you parte 7 (imagine Justin Bieber)

- Ei, fica calma, O.K.? Pronto? Agora me conta o que houve. 

Contei a ele, passamos horas conversando. Contei sobre Lucas, sobre o que aconteceu, tudo.

- Eu e Lucas cantávamos juntos, quando ele morreu, faltava apenas uma semana para uma reunião que teríamos com um produtor musical. Iríamos assinar um contrato com uma gravadora internacional. A reunião ocorreu, mas eu me recusei a assinar o contrato. Não iria seguir carreira sem ele. Então, eu desisti de tudo. Eu te falei que terminei o Ensino Médio cedo, não foi? Bem, eu não sei com que milagre eu consegui. Sabe, eu não era assim, eu era uma garota normal. Uma garota que adorava sair com os amigos e que amava demais o namorado.
- Você sente muita falta dele, não é?
- Você não imagina o quanto. Nós adorávamos fazer vídeos, nós temos dezenas deles. E alguns estão no YouTube, cantando. Alguns clipes improvisados, paródias de outras músicas - ri por um momento - a gente adorava fazer palhaçada, nos divertíamos muito cantando, fazendo aquilo que gostávamos.
- Você pode me mostrar alguns vídeos? - perguntou Justin.
- Tudo bem.

Peguei uma caixa enorme no meu closet, e de dentro dela tirei alguns dos meus vídeos preferidos. Coloquei no computador, logo em seguida.
O primeiro nós estávamos brincando, num parque. Lucas me empurrava em um balanço. Nos divertíamos muito. Depois, mostrei outro vídeo, o último que havíamos gravado. Sim, era o do meu aniversário de quinze anos. Mesmo dia em que Lucas foi morto. Eu assistia e chorava. Por incrível que pareça, até Justin se emocionou. Não chegou a chorar, mas se emocionou. Ele me abraçava o tempo inteiro, me confortando.

- Eu não sei o que dizer, deve ser muito difícil pra você. Mas...de uma coisa eu tenho certeza, sua voz é linda. Acho que Lucas gostaria que você voltasse a cantar. Cantar te faz feliz, você adora isso, eu sei. E Lucas disse que queria te ver feliz. Você não pode mais desperdiçar as oportunidades que a vida te dá. Ele não iria gostar de te ver assim, estranha. Em comparação ao que você costumava ser. SEJA FELIZ. Ele deu a vida por você, e você não pode simplesmente desperdiça-la. VIVA! Se divirta, e eu tenho certeza que ele, seja lá onde estiver, estará feliz também, te vendo feliz.
- Você... tem razão, Justin. Obrigada, por tudo. Agora você me fez abrir os olhos e enxergar que deve ser isso o que Lucas quer. Seja onde estiver, mas talvez eu não consiga voltar a cantar. - coloquei a mão no meu colar e puxei de dentro da minha camiseta, deixando á mostra as alianças. 
- O que é isso? - perguntou Justin.
- Eu ganhei no nosso aniversário de um ano de namoro. Desde então, passamos a usá-las sempre. E quando ele... - respirei fundo - eu resolvi ficar com elas, desde então nunca mais as tirei. E... tem outra coisa - eu ri - meus pais, e os pais dele quase surtaram quando descobriram.
- O quê?
- Isso. - tirei um dos meus anéis, e mostrei a ele uma pequena tatuagem no dedo mindinho. Era um símbolo. Significa infinito. - Ele também tinha uma igual. Fizemos em seu aniversário de dezesseis anos.
- Wow!
- É, eu sei. Louco, né? Mas apesar de sermos jovens, nos amávamos de verdade. Ele foi meu primeiro namorado, e eu sua primeira namorada.
- Pois é, mas agora você tem que seguir em frente. Esqueça o passado e guarde apenas o que foi bom. - ele disse e acariciou meu rosto, eu sorri. Não era um sorriso alegre ou forçado, nem era falso, foi sincero pela primeira vez, desde que Lucas partiu.
- Obrigada, por não me deixar sozinha. - sim, essa era a verdadeira eu falando, a verdadeira Alyssa, não a garota que se escondia por trás das roupas e maquiagem Punk.
- Eu nunca vou te deixar sozinha. - ele disse, e beijou minha testa.

Em seguida, automaticamente, passei minha mão por entre seus cabelos louros. No começo, ele ficou surpreso pela minha reação. Em seguida, sorriu novamente. Eu o olhava nos olhos e ele também, até que ele se aproximou de mim, eu não hesitei e o deixei continuar. Nossas bocas estavam a milímetros de distância, fechei meus olhos, pude sentir seu nariz encostando no meu e finalmente, nosso lábios se tocaram. Eu correspondi ao beijo e ele deu mais intensidade, nossa línguas estavam em perfeita harmonia, eu passava meus dedos por entre os cabelos dele e ele, me pressionava mais contra seu corpo. Até que de repente, eu parti o beijo, Justin me olhava confuso. Me levantei da cama, rápido.

- Éer, eu... vou.. tomar banho e... dormir. Agora.
- Tudo bem... - ele disse com uma expressão indecifrável - Boa noite, Alyssa. - sim, concerteza ele havia ficado chateado, mas entendia meu lado.
- Boa noite...Justin. 

Continua...

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